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Após o GP da Bélgica, a Fórmula 1 entra nas suas férias de agosto e, concluída a primeira metade da temporada, é interessante observar o que aprendemos com a corrida deste domingo em Spa-Francorchamps.
Mais uma vez, vitória de Max Verstappen, mas o holandês teve de escalar o pelotão após largar em sexto e, mesmo assim, chegou mais de 20s à frente de seu companheiro de Red Bull, o mexicano Sergio Pérez. O top 3 foi completado pelo monegasco Charles Leclerc, da Ferrari.
Além do pódio, destaque para Mercedes, Aston Martin e McLaren, mais atrás, além das ‘discussões’ de Max com seu engenheiro, o ítalo-britânico Gianpiero Lambiase. Veja nos tópicos do Motorsport.com abaixo:
1. O domínio de Verstappen está atingindo novos patamares…
Verstappen continua a escalar novos patamares em 2023
Foto de: Red Bull Content Pool
Uma diferença de 22s3 separou Verstappen e Pérez na bandeirada. ‘Checo’ largou na primeira fila ao lado do pole Leclerc, já que Verstappen recebeu uma penalidade de cinco posições no grid por causa de uma troca de caixa de câmbio, e o mexicano assumiu a liderança na primeira volta com relativa facilidade. Mas, nada disso foi suficiente para impedir mais uma vitória do atual bicampeão mundial.
Foi um dia em que Verstappen poderia ter largado do pitlane e vencido. Exceto por um breve momento em que quase perdeu o controle de seu RB19 na Eau Rouge, Max foi absolutamente dominante.
2. Porém, Max e o “Jason Statham da Red Bull” provavelmente precisam de férias separados
As brigas pelo rádio entre Verstappen e Lambiase foram um dos destaques do fim de semana do GP da Bélgica
Foto de: Red Bull Content Pool
De vez em quando, Verstappen e seu engenheiro de corrida, Gianpiero Lambiase, expõem suas divergências pelo rádio — mas isso acontece em qualquer relacionamento entre piloto e a ‘voz por trás’ no rádio. Entretanto, com um razoável desgaste, temperado ou não com bom humor por parte da dupla taurina, ao longo do fim de semana em Spa, desde o quali, é prudente que eles descansem de si mesmos.
“GP (Gianpiero) e Max estão juntos desde a primeira corrida de Max [na Red Bull]”, refletiu Christian Horner, que afastou qualquer preocupação de ‘guerra interna’ deles. “Max é um ‘cliente exigente’. É preciso ter um caráter forte para lidar com isso, mas GP é o nosso equivalente a Jason Statham. Eles certamente são parecidos e ele lida com Max de forma firme, mas justa”, seguiu o chefe da RBR. De todo modo, uma ‘pausa’ vem bem a calhar. Até para eles sentirem saudades das piadas mútuas.
3. A Ferrari parece estar corrigindo sua degradação dos pneus
Será que a Ferrari finalmente encontrou uma maneira de dominar os pneus Pirelli?
Foto de: Michael Potts / Motorsport Images
Uma das consequências do clima variável em Spa foi a atenuação do desgaste de pneus em função da baixa temperatura de pista, mas, mesmo assim, foi possível ver uma evolução para a Scuderia neste sentido, com Leclerc resistindo ao ataque de Lewis Hamilton, da Mercedes, rumo ao pódio.
Charles disse: “Em termos de gerenciamento de pneus, não tivemos uma grande degradação. E também olhando para a Mercedes atrás, eu estava no controle do ritmo dos meus pneus. Então, nesse aspecto, parecia bom. Ainda precisamos ficar de olho nisso porque, às vezes, especialmente em condições muito específicas, saímos da janela dos pneus, da janela certa, e então temos muitas dificuldades”.
4. A Mercedes continua a se recuperar, mas ‘fantasma’ do bouncing retorna
O maior inimigo da Mercedes – os saltos – voltou em Spa
Foto de: Erik Junius
Dadas as circunstâncias, com Lewis incapaz de superar a Ferrari e seu companheiro e compatriota George Russell ‘preso’ atrás de um lento Oscar Piastri, australiano da McLaren, após a largada, a Mercedes conseguiu um bom resultado.
Entretanto, Hamilton alertou para o retorno do bouncing, um dos vilões do W13 de 2022, agora no W14 de 2023. O chefe Toto Wolff concordou: “O carro estava literalmente saltando em todas as retas. Até mesmo a Blanchimont era uma curva que Lewis tinha que levantar [o pé], numa curva plana normalmente fácil, e estava saltando na reta, aí você superaquece os pneus durante a frenagem, então esse é um círculo vicioso e foi o principal fator limitante neste fim de semana”.
5. A preferência da McLaren pela configuração para pista molhada prejudicou sua corrida
Norris desceu na classificação quando a fraqueza da McLaren foi exposta
Foto de: Steven Tee / Motorsport Images
A previsão do tempo também foi um fator importante para a McLaren, que, apostando na chuva, configurou seus carros para o molhado e, pelas regras de parque fechado, teve de enfrentar um domingo seco com um set-up inadequado.
Com isso, o maior nível de downforce limitou bastante o britânico Lando Norris nos predominantes setores de alta em Spa — a exceção foi no período de leve chuva no meio da corrida, quando o inglês foi o mais rápido.
6. O acidente na La Source pode ter ‘maculado’ o fim de semana de Piastri, mas nem tanto…
Piastri alcançou seu melhor resultado na F1 no sábado, mas seu fim de semana acabou devido a um choque na primeira curva
Foto de: Zak Mauger / Motorsport Images
Otimista ou não, Oscar se expôs ao risco e levou a pior no incidente com o espanhol Carlos Sainz, da Ferrari, mas o fim de semana de Spa apenas confirma as expectativas quanto ao novato. Além do segundo lugar na sprint, ele superou Norris nas classificações, brilhando mais uma vez.
Com o pedigree da carreira júnior de Piastri, ele chegou à F1 sob pressão para ter sucesso imediato. É bom ver que Oscar está começando a realizar seu potencial e, provavelmente, é verdade que a Alpine está se lamentando por tê-lo perdido. Ah, e falando na equipe francesa…
7. A Alpine parece estar sem ideias com a saída de mais um comandante
Szafnauer e Permane são as últimas baixas da gerência da Alpine F1
Foto de: Alpine
Fréderic Vasseur, Cyril Abiteboul, Marcin Budkowski, Otmar Szafnauer e Bruno Famin. Desde que a Renault retornou à F1 em 2016 e recomprou a equipe de Enstone, da qual foi proprietária de 2001 a 2009, esses cinco homens foram nomeados para o cargo de chefe da equipe. Cinco mudanças de gerenciamento em oito temporadas. Além disso, o afastamento do CEO Laurent Rossi e as saídas de quadros técnicos como Pat Fry e Alan Permane, este no time desde os tempos de Benetton.
Com tantas mudanças na administração, é difícil ver como a Alpine sairá do ciclo de contratar e demitir, o que torna o time mais parecido com um clube de futebol do que com uma equipe de F1. Agora, Famin terá o trabalho de liderar a escuderia em seus próximos passos.
8. Aston Martin volta ao “normal” após ajuste técnico
Alonso sentiu que a Aston Martin havia identificado seus problemas recentes
Foto de: Zak Mauger / Motorsport Images
O quinto lugar do espanhol Fernando Alonso foi o melhor resultado da Aston desde a Áustria, onde o time começou a perder terreno na briga para ser a segunda força de 2023. Coincidência ou não, a equipe fez ajustes técnicos no AMR23 em Spa.
“Acho que o carro estava rápido”, disse o bicampeão, que comemorou 42 anos no sábado. “Os caras fizeram um trabalho incrível novamente na estratégia e também nos pits. Acho que o carro estava mais normal. Tivemos algumas reflexões depois da Hungria e de Silverstone… Por isso, a equipe também fez algumas mudanças na configuração do carro e acho que valeu a pena. O carro estava mais normal, mais competitivo. Estou feliz e isso é um bom estímulo para as férias”.
9. A visibilidade no molhado segue ‘assustando’
Lando Norris, McLaren MCL60, Daniel Ricciardo, AlphaTauri AT04, Esteban Ocon, Alpine A523, Lance Stroll, Aston Martin AMR23, George Russell, Mercedes F1 W14, Valtteri Bottas, Alfa Romeo C43
Foto de: Steven Tee / Motorsport Images
Com o feedback negativo da experiência com uma espécie de para-lamas, a questão da visibilidade foi destaque mais uma vez em Spa, até pela chuva e pela recente morte de Dilano van’t Hoff, da FRECA, no circuito belga. E segundo os veteranos Daniel Ricciardo, australiano da AlphaTauri, e Nico Hulkenberg, alemão da Haas, eles tinham de ‘adivinhar’ muita coisa atrás do spray de água na sprint de sábado.
“Eu diria que esses carros com efeito solo pioraram a situação. Eu nunca soube de algo que fosse tão ruim assim [na F1]”, afirmou Hulkenberg. “É muita suposição e esperança, e você está apenas procurando por aquelas luzes piscantes [na traseira dos carros à frente]. Mas, em algum momento, o spray fica tão espesso que você simplesmente perde a visão. Então, realmente, não foi muito bom.”
10. Até a Pirelli concorda com a ‘inutilidade’ do pneu para chuva extrema
O pneu para piso molhado da Pirelli pode secar
Foto de: Erik Junius
“O pneu extremo é um pneu muito inútil, é muito, muito ruim”, disse Russell. “Ele é provavelmente seis ou sete segundos mais lento por volta do que o intermediário. E a única razão pela qual você correria com ele seria aquaplanagem no intermediário. Precisa ser substancialmente melhorado.”
Normalmente, a Pirelli é compreensivelmente defensiva em relação a seus produtos, já que teve de suportar 12 anos de reclamações, mas o chefe de automobilismo da marca, Mario Isola, concordou surpreendentemente com a avaliação de Russell.
“Se o pneu totalmente molhado for usado apenas atrás do safety car, concordo com os pilotos que, no momento, ele é um pneu inútil”, admitiu Isola. “Portanto, temos que decidir qual é a direção que queremos tomar para o futuro, a fim de desenvolver o produto que é necessário para a F1.”
A F1 entra em sua tradicional pausa de verão e volta à ação no GP da Holanda, no final de agosto
Foto de: Red Bull Content Pool
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