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A passagem da Stock Car pelo Velocitta neste fim de semana marca ainda o lançamento da nova geração de carros da principal categoria do automobilismo nacional, que será utilizada em 2024 e além. E em meio às expectativas sobre o modelo atualizado, Nelsinho Piquet torce para que o impacto dessa novidade vá muito além da parte técnica.
O evento oficial de lançamento será realizado nesta sexta-feira (04) nas dependências do Velocitta e contará com uma apresentação das características técnicas do carro para imprensa, equipes e patrocinadores.
Em entrevista ao Motorsport.com antes do lançamento, Piquet comentou sobre a tão aguardada novidade, que já era aguardada desde o ano passado.
“Obviamente estou curioso, porque esse negócio está sendo enrolado há algum tempo. Primeiro, o carro seria para este ano, depois falaram que entregariam um carro na segunda ou terceira etapa para treinos coletivos”.
“Eu espero que esse carro não seja entregue para todos de última hora, forçando todos a virarem a noite, trabalhando no fim do ano, aquela confusão como foi a troca para essa geração atual. Foi tudo muito corrido”.
Segundo o piloto, o novo carro deve reduzir o fardo financeiro em cima de pilotos e equipes.
“Pelo que tem sido dito, é para ser um carro com uma mão de obra mais barata, mais simples, para reduzir os custos. Estamos falando de uma categoria que custa pelo menos quatro milhões de reais por temporada, com algumas equipes pedindo ainda mais”.
Outra consequência positiva para Nelsinho é a redução na possibilidades das equipes encontrarem brechas no regulamento.
“A intenção aqui é dar um carro de boa qualidade, para que as equipes não precisem trabalhar muito e que deixe o grid mais próximo. Hoje em dia, o regulamento tem muitas brechas, porque você precisa construir isso e aquilo”.
“Duas, três corridas atrás, adicionaram vários adendos ao regulamento para fechar esses buracos, porque é natural que os engenheiros achem brechas, já eles leem isso o dia inteiro, assim como na Fórmula 1. Eu espero que isso não seja feito na correria para evitar situações assim”.
“Queremos uma categoria de baixo custo, sem demanda de mão de obra cara, para ser mais fácil de arrumar patrocinadores. Porque, hoje em dia, são quatro, cinco milhões de reais. É difícil achar um patrocinador que vai investir isso na Stock Car”.
E enquanto a nova geração de carros não chega, Piquet mantém o foco na temporada 2023. Mas com apenas 81 pontos conquistados e a 14ª posição na tabela, o piloto classifica o campeonato como “um ano bem fraco” até aqui.
“Muito abaixo do que eu gostaria. Se olharmos pelo lado bom, todas as provas que terminamos, todas foram top 5 exceto uma. Eu perdi uma prova quando estava correndo de LMP2, um final de semana eu zerei por quebra de suspensão na primeira corrida, e a de Tarumã foi a única que eu tive que abandonar por falta de performance”.
“Nas outras, terminamos entre os cinco. Esse é o lado bom. Se tirássemos os quatro descartes agora, a situação não seria tão ruim. Mas, realisticamente, não estou onde gostaria. Mas a equipe vem trabalhando bastante para não cometer os mesmos erros”.
“A equipe está trabalhando muito para minimizar os erros e melhorar a performance, porque o grid está muito competitivo. O negócio aqui na Stock Car é buscar o fim de semana mais próximo possível do perfeito”.
Mesmo assim, Piquet não tem grandes expectativas para o fim de semana no Velocitta.
“Sendo bem sincero, [o Velocitta] nunca foi o meu forte. É uma pista que eu sempre tive um pouco de dificuldades, mas as coisas mudam. Talvez seja uma coincidência de não ter carros competitivos aqui”.
“Em outras categorias eu já andei bem aqui. Então pode ser um setup que não encaixou. O asfalto é novo, então isso deve tornar a pista mais rápida e mexer um pouco nos ajustes”.
“Mas sabemos que o pacote nosso é forte, então o negócio é adaptar para o fim de semana. Pra mim, Interlagos, Goiânia, as pistas mais de alta, o carro foi construído um pouco mais para esse tipo de demanda”.
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