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Nos últimos dias, o mundo da Fórmula 1 viu duas extensões contratuais importantíssimas para o mercado de pilotos da categoria tendo em vista as próximas temporadas da elite global do esporte a motor.
Primeiro, o monegasco Charles Leclerc renovou com a Ferrari. Depois, o britânico Lando Norris comprometeu seu futuro de longo prazo com a McLaren. Ambos os acordos são “multianuais”, embora se especule que cada competidor poderá sair ‘de graça’ em anos diferentes.
De acordo com informações de bastidores, o inglês está ‘preso’ no vínculo da McLaren até o fim de 2027. Já o piloto de Mônaco, segundo a Gazzetta dello Sport, poderá sair no fim de 2026 caso falte competitividade à Ferrari até lá.
De todo modo, as renovações têm significado importante, já que representam uma ‘declaração de fé’ entre os respectivos astros e equipes… ainda mais considerando os prazos, já que a F1 terá um regulamento revisado a partir de 2026, com as novas regras versando principalmente sobre motor.
Hoje, ninguém pode cravar qual dos seis fornecedores de unidades de potência terá a vantagem, e as perspectivas dos novatos Audi e Ford/Red Bull são completamente desconhecidas por enquanto.
Mas o fato é que todo piloto quer fazer o que o britânico Lewis Hamilton fez quando assinou com a Mercedes em setembro de 2012, saindo da McLaren e se posicionando para ter a melhor unidade de potência e o melhor pacote geral para os regulamentos híbridos de 2014.
Leclerc e Norris são apenas o terceiro e o quarto pilotos cujos contratos agora se estendem para 2026 e além. O primeiro a se comprometer foi o holandês Max Verstappen, cujo contrato com a Red Bull vai até ’28, e o segundo foi Oscar Piastri, australiano que fica na McLaren até o fim de ’26.
Os únicos outros pilotos com contratos que se estendem além desta temporada de ’24 são Hamilton e seu companheiro e compatriota George Russell, ambos com contrato até o final de ’25 na Mercedes.
Todo o resto das vagas está em disputa para ’25 e depois disso — incluindo um lugar de destaque ao lado de Verstappen na Red Bull, assento atualmente ocupado pelo pressionado Sergio Pérez, do México.
Tendo isso em vista, é melhor estarmos prontos para uma época de especulações e fofocas, à medida que as equipes e os pilotos se sondam mutuamente e procuram garantir os melhores acordos antes que as vagas sejam preenchidas não só para ’25, mas além.
Norris
Foto de: Jake Grant / Motorsport Images
Lando Norris, da McLaren, fala com a mídia
Não é segredo que a direção da Red Bull há muito tempo estava interessada em Norris e o via como um possível companheiro de equipe para Verstappen. Ao prorrogar o contrato de Lando, o CEO da McLaren Zak Brown e o chefe da equipe Andrea Stella dificultam possível propostas.
Para a McLaren, o novo acordo significa uma mensagem importante, que repercute tanto externa quanto internamente — dois dos melhores pilotos da geração atual têm fé no que a escuderia está fazendo.
Além disso, elimina todo o estresse, acrescido do inevitável escrutínio da imprensa, que surge quando algum contrato está perto do fim. Norris disse: “Do meu lado, dar a todos na McLaren um pouco mais de confiança mostra minha fé em toda a equipe. Isso é realmente o mais importante”.
“Eles agora têm ainda mais certeza de que estou comprometido com a equipe e que escolhi a McLaren em vez de Ferrari, Red Bull, Mercedes, qualquer que fosse a equipe. Eles agora têm a certeza de que escolhi a McLaren em vez de outra. Portanto, é mais para eles do que para mim.”
Com uma formação estável por três temporadas, McLaren, Norris e Piastri podem ‘só observar’ enquanto os grupos rivais enfrentam a possível distração decorrente da incerteza do mercado de pilotos.
Foto de: Andy Hone / Motorsport Images
Lando Norris, McLaren MCL60, lidera Sergio Perez, Red Bull Racing RB19
“Estou em uma boa posição”, apontou Norris. “Não é algo com que eu queira realmente me preocupar nos próximos anos. E, indo para ’26 e aqueles novos regulamentos e tudo mais, não acho que eu ou a equipe queiramos pensar, focar ou gastar tempo em anos tão importantes.”
Já a Ferrari, até o momento, está na metade do caminho para desfrutar de uma estabilidade semelhante a longo prazo. Isso porque o espanhol Carlos Sainz continua ‘no limbo’, contratado apenas para a próxima temporada, embora tenha deixado bem claro na última que deseja garantir seu futuro antes do início da campanha de ’24. Isso ainda pode acontecer nas próximas semanas , mas, se não acontecer, seu futuro será inevitavelmente um ponto de atenção e uma distração.
Enquanto isso, na Red Bull, mesmo com o lançamento do novo carro RB20 no mês que vem, os holofotes estarão voltados para o futuro de ‘Checo’ Pérez. O mexicano terá que dar um grande salto nesta temporada e ser consistentemente competitivo para se manter em seu assento.
Tal vaga é obviamente atraente para os outros pilotos, embora ser o companheiro de equipe de Verstappen não seja uma tarefa fácil. Além disso, ninguém sabe o quão competitiva será a unidade de potência da Ford/Red Bull.
Pontos de interrogação semelhantes pairam sobre todos os fornecedores de motores, embora seja preciso presumir que os atuais titulares partam de uma posição melhor e com mais impulso de desenvolvimento do que os dois estreantes.
Foto de: Zak Mauger / Motorsport Images
Sergio Perez, Red Bull Racing RB19
A perspectiva de uma vaga boa na Audi tem um apelo óbvio, mas onde a equipe estará em sua primeira temporada? Será que a Honda conseguirá levar sua atual boa forma para a nova parceria com a Aston Martin? Será que a Renault fará um trabalho melhor do que o atual com a Alpine?
Os pilotos e seus agentes terão de tomar decisões importantes com as informações limitadas de que dispõem no momento, enquanto as equipes com vagas disponíveis procurarão o ‘próximo Piastri’.
“Não há bola de cristal para ’26”, admitiu o chefe da Red Bull, Christian Horner, no ano passado. “Quem sabe quem será competitivo? Haverá regulamentos de chassi completamente novos, uma filosofia aerodinâmica completamente nova, portanto o chassi terá um papel fundamental”.
“O motor também terá um papel fundamental com a divisão entre eletrificação e combustão, e o combustível também terá um papel nisso. Portanto, para nós, começar do zero é o nosso maior risco e a nossa maior oportunidade”.
“Será uma jornada interessante, e tenho certeza de que todos os fabricantes de motores estão trabalhando arduamente. Temos novos fabricantes chegando, com a Audi também. Mas é um desafio significativamente diferente do conjunto atual de regulamentos de motores”, completou.
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