ANÁLISE-Guerra na RBR pode provocar ida de Verstappen à Mercedes?

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Apesar de ser a história mais comentada no momento, poucas pessoas sabem o que realmente está acontecendo nos bastidores com Christian Horner na Red Bull.

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Mas uma coisa é certa: essa saga na Fórmula 1 está longe de terminar, e o desfecho final pode não ficar claro por um bom tempo.

Desde que a polêmica estourou pela primeira vez no mês passado, houve especulações de que o caso ia muito além de uma questão interna envolvendo Horner e uma funcionária.

Desde o início, falou-se que se tratava de um jogo de poder mais amplo que envolvia alguns dos principais pilares de gerenciamento da organização Red Bull.

Afinal de contas, tudo isso só se tornou público depois que a empresa austríaca de bebidas energéticas, a Red Bull GmbH, dona da equipe taurina, emitiu uma declaração oficial.

Para uma marca amplamente conhecida por ter uma política de não dizer uma palavra a mais do que o necessário quando se trata de declarações à imprensa, o fato de tornar tudo isso público na F1 fez pensar sobre a possibilidade de haver algo mais do que aparenta.

À medida que a saga se desenvolvia, espalhou-se a notícia de que isso havia se transformado em algo muito mais amplo: uma batalha por controle e influência entre o lado austríaco da empresa e seu proprietário majoritário tailandês, Chalerm Yoovidhya.

Em algum lugar no meio de tudo isso está o conselheiro de automobilismo da Red Bull, o austríaco Helmut Marko, e o clã Verstappen, com Max e Jos. Os holandeses com suas próprias opiniões sobre o que achavam que deveria acontecer.

Businessman Chalerm Yoovidhya, Christian Horner, Team Principal, Red Bull Racing, Geri Horner celebrate in Parc Ferme

O empresário Chalerm Yoovidhya, Christian Horner, chefe de equipe da Red Bull Racing, e Geri Horner comemoram no Parc Ferme

Foto de: Steven Tee / Motorsport Images

Além disso, temos de incluir na mistura a influência dos principais parceiros da Red Bull F1, como a Ford e a Oracle, embora seja difícil saber de que ‘lado da cerca’ eles estão.

Por um lado, alguns afirmaram que havia uma angústia na sala de reuniões sobre a possibilidade de as empresas serem manchadas com a bagunça na Red Bull Racing. No entanto, outros sugeriram que a maior preocupação era, na verdade, a possibilidade de perder Horner, cuja influência e apelo para o mundo em geral foram fatores-chave que os levaram a se envolver em primeiro lugar.

Campanha

Por algumas horas, após o anúncio feito na quarta-feira pela Red Bull de que Christian havia sido inocentado por uma investigação independente, parecia que as coisas se acalmariam, pois a atenção voltaria rapidamente para a performance da equipe na pista.

Mas essa ideia foi por água abaixo na metade do segundo treino livre, quando e-mails anônimos foram enviados para o pessoal sênior da F1 – incluindo o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, o CEO da F1, Stefano Domenicali, os diretores das equipes e a mídia.

Os e-mails continham uma série de mensagens e imagens do WhatsApp que supostamente teriam sido fundamentais para a investigação.

Embora a veracidade do dossiê não tenha sido confirmada – e tenha havido rumores de que uma segunda liberação de documentos está a caminho – o significado real é que ele mostra que agora há indivíduos manobrando deliberadamente para derrubar Horner.

A verdadeira questão, porém, é: quem e por quê?

Os envolvidos devem ter laços estreitos com a organização e a equipe da Red Bull – seja profissional ou pessoalmente – para ter acesso às provas que, segundo consta, foram entregues aos investigadores para análise.

Muitas fofocas no paddock cercaram Jos Verstappen, que é conhecido por nem sempre estar de acordo com Horner em relação a várias coisas que aconteceram desde que Max entrou para a organização da Red Bull.

Seus comentários dramáticos na noite de sábado, feitos ao Daily Mail, certamente não nos deixam dúvidas de que ele faz parte do grupo que quer a saída de Horner — o que não necessariamente significa que ele tenha vazado as supostas ‘evidências’

“Há tensão aqui enquanto ele permanecer no cargo”, disse Jos. “A equipe corre o risco de ser despedaçada. Não pode continuar do jeito que está. Ela vai explodir. Ele está se fazendo de vítima, quando é ele quem está causando os problemas.”

Jos Verstappen

Jos Verstappen

Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images

Mas se sabe que há uma grande diferença entre querer que algo aconteça e ser um perpetrador para que isso aconteça.

E Jos se esforçou para afastar a ideia de que ele está por trás de uma campanha de difamação ou dos e-mails enviados.

“Isso não faria sentido”, acrescentou. “Por que eu faria isso quando Max está se saindo tão bem aqui?”

Oportunidade

Se ele é passageiro ou piloto em tudo o que está acontecendo não pode ser confirmado no momento. No entanto, os eventos estão colocando Jos em uma posição de capitalizar a possibilidade de uma mudança na Red Bull.

E, em meio à crise dentro da equipe campeã mundial, isso também abriu — no ‘clube das piranhas’ que é a F1 — oportunidades para que outros saiam ganhando.

Talvez uma das teorias mais interessantes que está sendo discutida agora seja a de que o que está acontecendo na Red Bull envolve uma verdadeira jogada de grande porte em torno dos contratos da equipe sênior e do futuro de longo prazo da própria Red Bull na F1.

É amplamente aceito que a presença de Horner na Red Bull tem sido um elemento fundamental para dar a muitos funcionários seniores da equipe uma sensação de segurança.

De fato, sabe-se que vários funcionários de alto escalão têm cláusulas em seus contratos que lhes permitem sair se Horner for embora.

George Russell, Mercedes-AMG F1 Team, pole man Max Verstappen, Red Bull Racing, in Parc Ferme

George Russell, da equipe Mercedes-AMG F1, e o pole man Max Verstappen, da Red Bull Racing, no Parc Ferme

Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images

Portanto, se de alguma forma houvesse o desejo de os indivíduos saírem de seu time atual — seja para renegociar os termos ou ir para outro lugar –, a saída de Horner poderia abrir a porta para isso.

Do ponto de vista de Max Verstappen, ser um agente livre poderia permitir que ele assinasse um novo contrato em termos mais favoráveis — seja por mais dinheiro (já que ele é um astro muito maior do que quando assinou o contrato), melhores direitos de marketing ou mais flexibilidade.

Ou poderia até mesmo haver a perspectiva de uma mudança para outro lugar a fim de traçar um novo caminho em sua carreira. Afinal de contas, os comentários de Jos tornam agora quase insustentável que seu filho e Horner possam continuar sem que algo mude.

Em segundo plano, certamente há motivos para pensar que a ‘grama pode ser mais verde’ em outro lugar a longo prazo.

E se, à medida que a F1 se encaminhar para as novas regras de motor em 2026, os rumores forem verdadeiros e apontarem para uma mudança na ordem competitiva — e, potencialmente, a unidade de potência da Red Bull não fornecer o tipo de desempenho que outros fabricantes estão prestes a alcançar?

Será que Max está desconfiado do projeto da Red Bull Powertrains-Ford para 2026 e estaria vislumbrando uma troca de equipe tendo em vista as novas regras de motor? Se Horner sair e Max de fato tiver uma cláusula que o permita deixar a Red Bull, a Mercedes estaria ‘na mira’?

A fabricante alemã estava interessada em Verstappen quando ele estava nas categorias juniores, mas perdeu para a Red Bull porque não podia lhe oferecer um lugar na F1 na época, por causa de Lewis Hamilton e Nico Rosberg.

O fato de o holandês ter escapado das mãos da Mercedes há muito tempo está na mente do chefe da Mercedes, Toto Wolff, e está influenciando seu desejo de não deixar o júnior Andrea Kimi Antonelli ‘fugir’ da estrutura mercedista.

Jos Verstappen with Toto Wolff, Team Principal and CEO, Mercedes-AMG F1 Team

Jos Verstappen com Toto Wolff, chefe de equipe e CEO da Mercedes-AMG F1 Team

Foto de: Jon Noble

É o que Wolff disse recentemente sobre o fato de a Red Bull ter contratado Verstappen: “Perdemos o jovem piloto e você pode ver como ele se tornou bem-sucedido”.

Com a Mercedes tendo um cockpit disponível para 2025, e talvez seja muito cedo para Antonelli, a Mercedes claramente aproveitaria a chance de trazer Verstappen.

Ele seria um substituto superstar para Hamilton com a velocidade e a popularidade global que atuariam como um tremendo impulso para a marca germânica.

Além disso, se a Mercedes conseguisse arrebatar um dos maiores ativos da Red Bull, ela se tornaria mais forte e sua rival mais fraca: um golpe duplo.

Possivelmente não foi uma coincidência que, no paddock, logo após a Red Bull ter apresentado seu desempenho dominante no GP do Bahrein, Jos Verstappen tenha sido visto conversando profundamente com Wolff. Possivelmente.

Não foi a primeira conversa que eles tiveram durante o fim de semana do GP do Bahrein. Também houve rumores de um jantar na noite de sexta-feira, mesmo que Wolff insista que não está tramando um plano para atrair Verstappen para a equipe.

Carro veloz

Por enquanto, a situação de Horner é uma variável desconhecida e é difícil prever se ele permanecerá ou não no cargo, especialmente se a campanha para desacreditá-lo se tornar mais agressiva nos próximos dias.

E não importa o quão ‘teimoso’ Horner seja em relação à sua permanência no cargo, seu destino quase certamente será decidido nas salas de reuniões da Red Bull e de seus patrocinadores corporativos, que estarão atentos a tudo o que está acontecendo.

Christian Horner, Team Principal, Red Bull Racing, and Max Verstappen, Red Bull Racing, 1st position, celebrate in Parc Ferme

Christian Horner, chefe de equipe da Red Bull Racing, e Max Verstappen, da Red Bull Racing, 1ª posição, comemoram no Parc Ferme

Foto de: Zak Mauger / Motorsport Images

Wolff também está observando de fora e não ficará ‘cego’ à possibilidade de que as circunstâncias possam lhe dar um presente inesperado.

Mas, da mesma forma, ele sabe que precisa colocar a casa em ordem porque, embora Verstappen possa ser atraente para a Mercedes, o desejo de Max de ir para lá não será tão grande se o carro de F1 das Flechas de Prata não apresentar melhor desempenho.

O próprio Wolff foi questionado na noite de sábado no Bahrein se havia uma chance de Verstappen pilotar na Mercedes em 2025 — e ele deu uma resposta cuidadosamente ponderada.

“Acho que o piloto sempre escolherá o carro mais rápido”, disse ele. “É fundamentalmente disso que se trata. No momento, o Red Bull é o carro mais rápido, então essa será obviamente a prioridade.”

Leia essa resposta como quiser. Mas não foi um “não”.

Motorsport.com debate o GP do Bahrein

O que a F1 pode fazer para que o domínio de Max não seja desinteressante?

 

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