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Após a reclamação feita por ela, a Red Bull GmbH, dona do time anglo-austríaca de F1, ordenou uma investigação por um advogado independente, que durou oito semanas. A companhia de bebidas energéticas da Áustria acabou ‘inocentando’ Horner, que se manteve no cargo.
Porém, supostas provas da inadequação de Christian foram vazadas para a imprensa e os chefes da categoria, o que posteriormente gerou uma crítica do pai de Max Verstappen, Jos, à manutenção do dirigente britânico na equipe, escancarando um racha entre o holandês e Horner.
Nesta quinta-feira, antes do segundo treino livre para o GP da Arábia Saudita, o inglês concedeu entrevista. “Obviamente, foi um período muito difícil. Sou casado e tenho três filhos. E quando essa intrusão inclui seus filhos e o escrutínio que é colocado em meu casamento… Tenho muita sorte de ter uma família linda e uma esposa que me apóia muito, e sou o único que foi citado nesse caso. Então, é claro, é muito difícil”, disparou o chefe da Red Bull Racing.
“A realidade é que houve uma queixa que foi levantada. Ela foi tratada da maneira mais profissional pelo grupo Red Bull, não pela Red Bull Racing, mas pelos proprietários da equipe, a Red Bull GmbH, que contratou os serviços de um advogado independente, um dos melhores.”
“Ele dedicou tempo para investigar todos os fatos. Ele entrevistou todas as pessoas envolvidas, juntamente com outras pessoas de interesse, analisou tudo, tinha todos os fatos. E chegou a uma conclusão de rejeição da queixa.”
“No que me diz respeito, no que diz respeito à Red Bull, seguimos em frente e olhamos para o futuro. Minha esposa tem me dado um apoio fenomenal durante todo esse processo, assim como minha família, mas a intrusão em minha família já é suficiente”, afirmou Christian.
Além de vazamentos seletivos, cuja veracidade não pode ser verificada, a maioria dos detalhes do caso permanece em domínio privado. Independentemente das conclusões, o tratamento ‘opaco’ da situação deixou gosto amargo diante dos esforços da F1 para tornar a categoria mais inclusiva.
A ótica das queixas de uma funcionária que foi rejeitada e, em seguida, suspensa pela equipe, também é motivo de preocupação. Mas em meio aos apelos das equipes e observadores da F1 para que haja mais transparência, entende-se que a Red Bull não pode divulgar mais detalhes sem a aprovação expressa de todas as partes envolvidas. “Acho que é uma questão complicada, porque há um processo de reclamação que ocorre em qualquer empresa”, disse Horner.
“Esse processo é confidencial entre os indivíduos e a própria empresa. Infelizmente, não tenho liberdade, devido a essa confidencialidade e por respeito à empresa e, é claro, à outra parte. Todos nós estamos sujeitos às mesmas restrições.”
“Mesmo que eu queira falar sobre, não posso, devido a essas restrições de confidencialidade. A única razão pela qual isso ganhou tanta atenção, obviamente, é por causa do vazamento e da tensão que se desenhou na mídia, o que tem sido muito, muito difícil, em muitos aspectos, e, particularmente, para a minha família, porque tudo foi focado em uma única direção”, seguiu o britânico.
“E, é claro, outros tentaram tirar proveito disso. Infelizmente, a F1 é um negócio competitivo. E houve, obviamente, elementos que procuraram se beneficiar disso. E esse talvez seja o lado não tão bonito do nosso setor.”
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