O chefe da Aston Martin na Fórmula 1, Mike Krack, insiste que não há dúvidas sobre o futuro de Lance Stroll e que ele correrá pela equipe em 2024.

Stroll tem tido dificuldades durante toda a temporada para igualar a performance do companheiro de equipe Fernando Alonso, embora as circunstâncias também tenham dificultado seus finais de semana, como a decisão da equipe de mantê-lo fora com pneus slicks durante as primeiras voltas no GP da Holanda com chuva.

Os rumores sugerem que Stroll pode estar considerando seu futuro como piloto de F1, embora ele tenha rido da ideia de poder jogar tênis.

Entende-se que o CEO do Aston Martin Group, Martin Whitmarsh, tem sondado os pilotos de vanguarda, aumentando os pontos de interrogação sobre o futuro de longo prazo de Stroll, embora fosse lógico para qualquer equipe olhar para o mercado de pilotos para 2025 e além.

No entanto, Krack insistiu que Stroll estará ao lado de Alonso em 2024.

“É Monza, é silly season e está um pouco chato no momento”, disse Krack. “Acho que não temos esse debate no momento. Estaremos bem no próximo ano com os dois pilotos.”

Questionado pelo Motorsport.com sobre o compromisso de Stroll, ele disse: “Acho que vimos na última semana um piloto muito trabalhador, tentando analisar cada pequeno detalhe onde ele pode melhorar, estando no simulador, pilotando muito, então acho que não há nada que vá nessa direção.”

Krack enfatizou que a diferença entre Alonso e Stroll não é tão grande quanto os resultados podem sugerir.

“Não há uma diferença acentuada no desempenho, há uma diferença acentuada em pontos”, disse ele. “E então é importante separar os dois. Nós, como equipe, estamos analisando a temporada, de ambas as perspectivas, de ambos os pilotos.”

Lance Stroll, Aston Martin F1 Team

Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images

“E acho que nós, como equipe, precisamos fazer um trabalho muito, muito melhor nesse lado da garagem, na estratégia de corrida, mas também tivemos problemas de confiabilidade.”

Krack citou o GP da Holanda como exemplo de como a equipe dificultou a vida de Stroll.

“Temos que olhar para trás e ver a estratégia que adotamos em Zandvoort. Acho que Lance teve um fim de semana forte até então.

“Mas, como equipe, temos que assumir a responsabilidade por uma decisão que não foi decisiva o suficiente, que arruinou sua corrida.

“E precisamos melhorar nessas situações. Obviamente, isso não o ajuda, mas, como equipe, deveríamos ter feito um trabalho melhor.”

Questionado se havia alguma característica do AMR23 que Stroll não gostasse, ele disse: “Acho que quando você olha para as últimas sessões de classificação, o Q1 em Zandvoort, por exemplo, não havia nada.”

“Portanto, não creio que haja alguma característica particular que seja diferente para ele e para Fernando”.

Krack disse que a equipe não vê Alonso de forma diferente porque ele é bicampeão mundial.

“Isso foi o mesmo antes”, disse ele. “Tivemos um tetracampeão mundial [Sebastian Vettel]. Portanto, não olhamos para isso como você, em termos de quem ganhou quantos campeonatos.”

“Trouxemos um piloto dessa classe para dar passos em equipe. E acho que todos aprendemos com Fernando, e o mesmo vale para Lance.

“Então, desse ponto de vista, é tudo normal, e também precisamos aprender com essa experiência, e isso é algo que fazemos do lado do piloto e do lado da equipe”.

Ele acrescentou: “Acho que em geral entre os pilotos há uma certa diferença que você diria que não é normal, mas circunstancial, às vezes você tem um pouco de trânsito, às vezes há uma falha em uma curva.”

“Mas normalmente acho que os pilotos estão a três décimos.”

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