Depois de um desempenho relativamente bom em Monza, no GP da Itália de Fórmula 1, a Ferrari deve buscar um ritmo semelhante em Singapura neste fim de semana. No entanto, a natureza de alto downforce da pista pode ser um desafio para o carro da escuderia italiana.

O engenheiro chefe de desempenho da Scuderia, Jock Clear, descreveu algumas das características “desagradáveis” do SF-23 que podem dificultar a vida da equipe na pista de Singapura.

Enquanto no ano passado a Ferrari foi favorecida por seu maior downforce e por pistas mais sinuosas, este ano essa tendência se inverteu, com todos os pódios e pole positions da equipe ocorrendo em traçados onde o downforce não era necessário. Em Monza, por exemplo, eles conseguiram um terceiro e um quarto lugares, além da pole no sábado.

Uma semana antes, no entanto, os dois pilotos tiveram problemas com seus carros em Zandvoort e usaram o pacote de downforce alto lá, como farão novamente neste fim de semana em Singapura. Clear explicou agora como eles estão tentando se equilibrar no ‘gelo fino’.

“Quando chegamos a Zandvoort, sabíamos que a pista não nos favoreceria e que ela iria bater no calcanhar de Aquiles do nosso carro. Sabemos que algumas partes do nosso carro são muito complicadas, mas ele ainda é bastante rápido na maioria dos lugares, só temos dificuldades de vez em quando.”

“Pudemos ver isso com Charles quando ele bateu no muro na classificação”, disse ele. “Nosso carro está realmente no fio da navalha em pistas como essa. Mas, com uma volta perfeita, poderíamos ter nos classificado em terceiro ou quarto, mas há um grande risco envolvido.”

“Ele ainda tem aquelas qualidades desagradáveis que fazem com que os pilotos se sintam menos confiantes. Charles também disse que não é que ele não tenha aderência, é que ele não consegue usá-la corretamente. É um carro muito extremo quando vamos para essas pistas, então temos que trabalhar nisso”, concluiu Clear.

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