Como Brasil expôs perigos de pit stop em bandeira vermelha

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A possibilidade de fazer um pit stop ‘gratuito’ durante a bandeira vermelha na Fórmula 1 tem sido motivo de grande frustração para alguns pilotos. A situação ficou evidenciada, principalmente, no GP de São Paulo, quando Max Verstappen, Esteban Ocon e Pierre Gasly se beneficiaram dessa regra.

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Além da polêmica na etapa brasileira, a questão também surgiu durante o GP de Mônaco, em maio, quando alguns dos competidores foram pegos do lado ‘errado’ da situação.

Em Mônaco, tudo se resumiu a alguns pilotos largando com compostos duros, mas que foram comprometidos pela bandeira vermelha na primeira volta, que permitiu a todos optarem pela mesma configuração.

Em Interlagos, George Russell, Lando Norris e Charles Leclerc lamentaram terem entrado nos boxes para fazer a troca poucas voltas antes da bandeira vermelha causa pela forte chuva e batida de Franco Colapinto.

A questão de sorte é que sempre é criticado, no entanto, ainda não há uma solução que seja mais justa para diminuir a situação.

No GP da Arábia Saudita de 2021, Norris estava em sexto no início, quando fez uma parada nas condições de safety car devido o acidente de Mick Schumacher e acabou voltando na 14ª posição.

Em teoria, o time estaria pensando no jogo mais longo e nas condições das outras equipes perderem mais tempo sem o safety car na pista. No entanto, seu plano fracassou quando uma bandeira vermelha foi levantada, o que deu a todos à sua frente uma parada gratuita e deixou o britânico preso na ordem.

Ao conversar com a mídia após a corrida, assim como no Brasil, Norris foi crítico à regra e defendeu que era algo que deveria ser eliminado do livro de ‘leis’ da F1 e FIA.

Mas embora o aspecto da injustiça seja o que mais incomoda os pilotos, a corrida do fim de semana passado em Interlagos colocou em foco outro fator um pouco mais preocupante.

Charles Leclerc, Ferrari SF-24

É que, em uma corrida molhada como Interlagos, onde as condições podem sempre piorar e há potencial para uma bandeira vermelha, os pilotos são quase encorajados a permanecer com pneus longe da perfeição por muito mais tempo do que idealmente.

Oscar Piastri, da McLaren, que parou nas condições do Virtual Safety Car desencadeadas pela saída de Nico Hulkenberg, disse que a chuva que caía deixou a pista traiçoeira – mas os carros da frente obviamente acharam que valia a pena correr o risco de continuar.

“Não acho que esperávamos que chovesse tanto quanto choveu e, honestamente, a parte mais difícil da corrida foi atrás do safety car, tentando permanecer na pista”, disse o australiano.

“Acho que isso expôs um pouco do problema que temos com os pneus de chuva – quando todo mundo está implorando por uma bandeira vermelha, mas se recusando a usar os pneus de chuva porque é muito ruim”.

“É uma situação muito perigosa ter carros literalmente lutando para permanecer na pista atrás do safety car. Mas não é realmente nada novo. Esperançosamente, podemos tentar pelo menos mudar isso agora”.

O vencedor da corrida, Max Verstappen, cuja vitória foi facilitada pela situação da bandeira vermelha, admitiu que a situação estava no fio da navalha enquanto ele permanecia sem fazer o pit stop – mas não havia como parar.

“Quando alguns entraram, a chuva estava chegando, ficamos de fora, o que foi muito vago”, explicou o holandês. “E então eu vi Esteban [Ocon] na minha frente voando, quatro segundos por volta mais rápido e pensei, ‘Estou muito feliz por manter o carro na pista'”.

“A certa altura era simplesmente que precisávamos de uma bandeira vermelha. Era simplesmente impossível de dirigir, mesmo com pneus extremos”.

Andrea Stella, chefe da McLaren, admitiu que a decisão de chamar seus dois pilotos para a troca foi motivada pela questão de segurança, uma vez que os pneus intermediários já estavam muito gastos e causavam uma insegurança.

“Pessoalmente, não me sinto muito confortável em deixar os carros correrem com os pneus desgastados e com aquela quantidade de água. Sem a bandeira vermelha, estaríamos falando outra corrida”.

Max Verstappen, Red Bull Racing RB20

A forma de impedir que os pilotos arrisquem e avancem com pneus inadequados seria teoricamente resolvida ao não permitir a troca gratuita de pneus prevista nos regulamentos.

Se os pilotos soubessem que uma bandeira vermelha não lhes permitiria uma troca gratuita, então as decisões sobre qual pneu se comprometer seriam baseadas puramente no que é mais adequado às condições – e não tanto em apostar em resistir quando as condições são terríveis na esperança de ser salvo por uma paralisação.

Mas as regras da bandeira vermelha existem por razões de segurança e não por razões competitivas. Há muito que se aceita que a troca de pneus deve ser permitida sob condições de bandeira vermelha devido ao risco de detritos resultantes de acidentes que causem furos ou outros problemas.

Forçar os pilotos a manterem seus pneus atuais quando há uma chance de eles terem atropelado a fibra de carbono quebrada de outras partes da pista, ou se envolverem em um acidente, seria um risco de segurança incrível e uma loucura de se incluir nas regras.

No entanto, houve inúmeras sugestões no passado sobre formas de potencialmente melhorar as coisas e torná-las mais justas. Uma ideia, que funcionaria melhor em corridas com piso seco para evitar a possibilidade de uma parada livre, seria permitir que as equipes trocassem pneus nas paradas – mas se quisessem, teria que ser para o mesmo composto.

Este cenário evitaria o que aconteceu em Mônaco e também garantiria que os pilotos que pararam para trocar de composto em plena corrida não fossem punidos injustamente.

No entanto, não teria evitado penalizar os pilotos no Brasil porque o intermediário é, em última análise, o melhor pneu para a chuva – porque quando o piso molhado entra em ação, normalmente a visibilidade é tão ruim que a corrida não acontece.

Outra ideia poderia ser permitir às equipes a opção de trocar os pneus caso estejam danificados, mas se o fizerem terão que sair da ordem de corrida e cair para trás.

Dessa forma, não haveria incentivo para ficar fora mais tempo do que o necessário em condições complicadas – porque se houver uma bandeira vermelha, a desvantagem poderá ser maior se for necessário mudar a borracha. E se você sentir que ainda está com os pneus certos, poderá mantê-los e fazer sua parada mais tarde.

Ou que tal a sugestão de Norris, após Arábia Saudita em 2021, de ajustar as regras desportivas para exigir que cada piloto faça uma parada obrigatória em condições normais de corrida, independentemente de uma bandeira vermelha.

Todas essas ideias são coisas que foram discutidas, e os pilotos têm suas próprias opiniões sobre o que pode ser feito para melhorar – mas infelizmente a F1 nunca avançou muito nas coisas.

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