Os pontos de penalidade na superlicença da Fórmula 1 foram implementados durante a temporada de 2014, de acordo com o princípio da licença de pontos britânica. Assim, quando um piloto acumula 12 tentos em um período contínuo de 12 meses, ele é automaticamente suspenso para o fim de semana seguinte à sua última infração.

Isso nunca aconteceu na F1 antes, mas por outro lado, aconteceu na F2 com Mahaveer Raghunathan em 2019 e Amaury Cordeel em 2022.

Como a regulamentação não estabelece uma escala precisa, os pontos impostos ficam a critério dos comissários, ainda que o acúmulo de dados permita identificar a existência de sanções “padrão” para a maioria das infrações.

No entanto, antes da temporada de 2023 e na sequência dos debates gerados pelo caso de Pierre Gasly em 2022, que se viu à beira da suspensão por infracções consideradas pouco perigosas, as autoridades modificaram um pouco a sua abordagem sobre o assunto. Decidiu-se, portanto, sancionar determinadas infrações de forma menos automática e concentrar os pontos nas infrações consideradas mais perigosas.

Isto explica a redução do número de pontos atribuídos e do número de pilotos punidos (12 em 2023, contra 17 em 2022, 16 em 2021 e 15 em 2020). Isto também explica por que as infrações que dão origem a pontos de penalização se limitam quase exclusivamente aos casos de confrontos diretos na pista e às violações das bandeiras ou do regime de safety car.

Isso não impediu que Sergio Pérez acumulasse sete pontos de penalidade em algumas corridas para se colocar como o mais indisciplinado, à frente de Logan Sargeant. Como no ano passado, Lance Stroll está entre os 3 primeiros e recebeu a penalidade de pontos mais pesada da temporada, quando foi considerado culpado de ultrapassar Carlos Sainz sob bandeira amarela dupla durante o TL3 de Las Vegas.

No total, 10 pilotos não receberam pontos de penalidade ao final da temporada: Alexander Albon, Fernando Alonso, Pierre Gasly, Charles Leclerc, Kevin Magnussen, Lando Norris, Esteban Ocon e Oscar Piastri, aos quais se soma Daniel Ricciardo (oito GPs) e Liam Lawson (cinco GPs).

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