“Cria” do Kartódromo de Guapimirim, na Região Serrana do
Estado do Rio de Janeiro, Douglas Mattos (Erictel Telecom | Raumak | Júpiter
Baterias | Fast Pizza), de 37 anos, segue firme com seu projeto como piloto de
kart.

Mas, ao contrário do que pode parecer, sua escalada no
esporte não é fácil. Portador de paralisia cerebral, ele fez sua estreia no
esporte apenas no início de 2023, quando disputou a Copa Sérgio Maurício, em
Guapimirim.

O resultado, uma 17ª colocação, não o desanimou. Apoiado por
muitos amigos – dentre eles Mário Ferreira e Mário Ferreira Júnior, proprietários
dos Kartódromo de Guapimirim – e alguns patrocinadores, Mattos deu um novo passo.
Atualmente ele compete no Campeonato Carioca de Kart, ocupando a 11ª posição na
tabela de classificação da categoria Rental Médios, que reúne 20 pilotos.

“Estou muito satisfeito com meu desempenho no Campeonato
Carioca. Minhas dificuldades são maiores, mas eu venho superando todas elas em
nome da minha felicidade em poder competir, em poder fazer parte deste esporte”,
conta Douglas Mattos, que treina para estrear na F4 Novatos na próxima
temporada. “Mas tenho uma felicidade ainda maior, que é poder ser uma das
vozes a favor da inclusão social”, emenda.

Esta quinta-feira, 21 de setembro, é o Dia Nacional de Luta
da Pessoa com Deficiência. “Logicamente me incluo nesta luta, que faz parte
da inclusão social. Podemos competir no automobilismo e em qualquer esporte,
independente da deficiência, cor da pele ou classe social”, aponta Douglas
Mattos.

O kartismo ajudou Douglas Mattos a superar outra
dificuldade, vinda exatamente da reação das pessoas: a depressão. “Vivi
muito preconceito por conta da minha deficiência, é difícil as pessoas me
aceitarem”, relembra o piloto. “Mas o kartismo como esporte me ajudou e
me ajuda a vencer a depressão”, continua.

Os planos de Douglas Mattos (Erictel Telecom | Raumak |
Júpiter Baterias | Fast Pizza) vão além de competir na F4 Novatos apenas no
Campeonato Carioca em 2024. “Quero disputar a Copa Brasil e o Campeonato
Brasileiro e ser o primeiro piloto com esta deficiência em eventos de caráter
nacional no país”, finaliza.