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Neste fim de semana, a Fórmula E realiza a segunda edição do ePrix de São Paulo, que marca mais uma visita da categoria elétrica ao Brasil após a ‘estreia’ no País em 2023. E antes da corrida de sábado no Anhembi, o CEO da F-E, Jeff Dodds, destacou a ‘qualidade’ do público brasileiro.
“Acho que o Brasil tem tudo, mas mais importante, a base de fãs”, ressaltou Dodds. “Já temos mais de 12 milhões de fãs no Brasil, o que é fantástico, sendo que temos 10 anos de história. É um prazer estar aqui”. Cofundador da categoria, Alberto Longo ecoou o discurso do colega.
“O Brasil tem uma das maiores populações do mundo e uma das maiores economias. Todo o ecossistema da F-E, equipes, parceiros, pilotos, absolutamente todo mundo gosta de estar aqui”, afirmou.
Jeff também exaltou uma característica do traçado paulistano. “Sabemos que é a maior reta da temporada. As condições de dirigibilidade e ajustes são muito diferentes do que as que nós tivemos até aqui. Estou muito ansioso para ver um tipo de corrida totalmente diferente”.
“Acho que a temporada está se encaminhando muito bem, porque temos três provas com três vencedores diferentes, e sete pilotos diferentes no pódio. Eu espero ver um vencedor diferente aqui no Brasil. Este é um lugar especial para o automobilismo mundial. Alguns dos melhores pilotos da história vieram daqui do Brasil. Então estou super animado pelo fim de semana”, seguiu ele.
Carros da temporada 2024 da Fórmula E
Foto de: Sam Bagnall / Motorsport Images
O Motorsport.com questionou Dodds sobre uma mudança no ‘DNA’ da F-E nos últimos anos, já que a categoria começou sua trajetória realizando eventos apenas em pistas de rua e agora busca mais eventos em autódromos convencionais. A Fórmula 1, por sua vez, tem feito o contrário.
“A F1 pode ir de grandes autódromos a circuitos de rua por duas razões. Uma: eles estão tentando atrair novos fãs, o que é bom para eles. A segunda: o carro é mais lento do que era no passado”, alfinetou.
“E os nossos carros estão ficando muito mais rápidos. Então, para mostrarmos todo o nosso potencial, em alguns circuitos de rua não temos mais como fazer isso. No carro Gen3.5, com uma velocidade máxima de mais de 320 km/h, não podemos mostrar todo o potencial em certas pistas.”
“Nós precisamos de outras ‘circunstâncias’ para mostrar nossa tecnologia. Se vocês esperarem um pouco, veremos a F1 correndo em estacionamentos de carros na Ikea (loja de departamentos), algo assim”, ironizou, citando implicitamente GPs de F1 como o do Caesars Palace nos anos 80.
Por que a parceria entre Fórmula E e Corinthians?
Dodds e Longo também falaram sobre o acordo entre a categoria e o clube paulista, com foco em descontos para sócios alvinegros na compra de ingressos para o eP brasileiro. “Nós sabemos que o futebol é tão importante para o Brasil, então assinamos essa parceria com o Corinthians para trazer os fãs de futebol. Chegamos a um acordo fantástico com eles. Talvez os jogadores venham para a corrida”, explicou Alberto.
“Definitivamente, queremos atrair novos fãs para o esporte e sabemos que é um clube importante no Brasil. Eles estavam no radar e tivemos a oportunidade de fechar”, completou o cofundador da categoria elétrica, que realiza em 2024 sua 10ª temporada.
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