F1 Academy representa o retorno das mulheres à Fórmula 1?

Série W foi a primeira iniciativa de uma liga feminina de corrida.

Na história da Fórmula 1, apenas cinco mulheres  competiram. A última a participar do Grand Prix foi Lella Lombardi, em 1976. De lá para cá, não vemos mais mulheres na Fórmula 1, tanto que gerações mais jovens podem considerar que F1 é um ambiente tipicamente masculino, o que não está totalmente errado.

Entretanto, os organizadores do evento têm percebido que já passou da hora de haver mulheres de volta ao grid. Por isso, este ano eles estão criando campeonatos e programas de treinamentos para mulheres, como a F1 Academy.

Sobre a iniciativa, Bruno Michel, diretor-executivo da F2 e da F3, campeonatos que trilham pilotos de F1, declara que “Provaremos que mulheres também têm o que é necessário para competir em níveis altos”.

Essa não é a primeira liga feminina de corrida. A Série W (ou W Series, em inglês), que estreou em 2018, foi criticada por pilotos proeminentes, como Pippa Mann e Sophia Flörsch, por “segregar” as mulheres, não permitindo que elas competissem com os melhores pilotos do mundo.

No entanto, essa liga não recebeu nenhum suporte financeiro da Fórmula 1. Em vez disso, os times eram financiados por iniciativas privadas, como Caitlyn Jenner, que financiou o Jenner Racing.

F1 Academy

A intenção do incentivo da entrada de mais mulheres na Fórmula 1 pretende incluir 15 carros, divididos entre 5 times, em uma temporada de 21 corridas. A academia vai receber cerca de $ 156,000 (R$ 807 mil) por carro.

As pilotos devem contribuir com o mesmo valor por conta própria ou por meio de patrocinadores. A F1 também determinou que pretende incluir uma corrida da Academy no Grand Prix de 2023.

A ideia é que a F1 Academy recrute talentos do go-karting e campeonatos de corrida juniores. Nesse ponto, as pilotos terão muito tempo de pista e treinamento em carros modificados de F4. Daí, elas graduariam diretamente para a F3, F2 e, em dois ou três anos, para a F1.

Lella Lombardi, a primeira mulher a pontuar na Fórmula 1.

Mulheres na Fórmula 1 hoje: quais são as fortes candidatas?

Os organizadores da F1 ainda não determinaram o cronograma de corridas e pilotos de 2023. Provavelmente, as candidatas mulheres na Fórmula 1 serão jovens e, em sua maioria, europeias. Alguns nomes cotados são:

  • Maya Weug: com 18 anos, ela é um fenômeno holandês. Em 2021, tornou-se a primeira membra da prestigiada Ferrari Driver Academy;
  • Doriane Pin: também com 18 anos de idade, ela é campeã de karting na França. Ganhou o Ferrari Challenge em 2022 e acumulou grandes esforços no FIA World Endurance Championship e European Le Mans Series. (Assim como seus pares homens, as mulheres estão subindo nos níveis de corrida em diferentes nichos para desenvolver suas habilidades e reputação.);
  • Jessica Hawkins: 27 anos. Apesar de ser mais conhecida como dublê de corrida do filme de James Bond em 2021 (intitulado “No Time to Die”), ela é finalista da Série W Britânica.
  • Abbi Pulling: 19 anos. No ano passado, a inglesa foi a primeira mulher a pilotar um carro de F1 na Arábia Saudita; e
  • Marta García López: 22 anos. Uma veterana espanhola do karting e da Série W, um nome muito cotado para o desenvolvimento da F1 Academy.

Fonte: multiversonoticias.com.br

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