A Fórmula 1 terá um novo regulamento em 2026. Além da chegada de novas montadoras, os carros deverão ser mais curtos, estreitos e leves, com a FIA almejando uma redução de 50 kg no peso dos bólidos.
A intenção também é fazer uma mudança na parte aerodinâmica, reduzindo o arrasto nas retas e permitindo mais ultrapassagens, a FIA também deu mais alguns detalhes sobre o que mais pode mudar.
Em uma entrevista exclusiva à versão italiana do Motorsport.com, o chefe de monopostos da FIA, Nikolas Tombazis, disse que a principal mudança será no tamanho do carro.
“Com as dimensões das rodas, que serão mais estreitas, além da asa traseira e do carro em geral, pretendemos reduzir o peso dos carros em cerca de 50 kg. Portanto, será possível ver carros menores, mais curtos e mais estreitos. Mas estamos falando de soluções que ainda precisam ser discutidas”, declarou.
“Com essa ‘dieta’ do carro, poderemos reduzir um pouco as velocidades de curva. Por serem mais leves, eles serão mais rápidos em linha reta, mas gerarão menos carga aerodinâmica. Portanto, precisaremos aumentar a recuperação de energia do híbrido para garantir um desempenho adequado nas voltas”, completou.
As mudanças planejadas para 2026, assim como qualquer outra na F1, foi alvo de controvérsia. No início deste ano, a Red Bull alertou sobre a possibilidade de “carros Frankenstein”, que seriam impossíveis de competir entre si. Havia até mesmo a preocupação de que os pilotos precisassem mudar de marcha na metade das retas para tentar impulsionar seus sistemas híbridos.
Robert Shwartzman, Ferrari SF-23, Valtteri Bottas, Alfa Romeo C43, Oscar Piastri, McLaren MCL60, nos boxes
Foto de: Zak Mauger / Motorsport Images
No entanto, Tombazis tem certeza de que a FIA se esforçou muito para garantir que o que está por vir para 2026 funcione do ponto de vista das corridas.
“Muito trabalho foi feito para entender como a recuperação e o gerenciamento de energia terão que ser feitos e como as ultrapassagens podem ser realizadas com base na configuração aerodinâmica”, disse.
“Fizemos muitas simulações alterando esses parâmetros e encontramos soluções que parecem funcionar adequadamente”, prosseguiu.
Tombazis sugere que algumas das preocupações manifestadas sobre o desempenho dos carros de 2026 não foram baseadas em modelos de simulação atualizados.”Se pegássemos as unidades de potência de 2026 e as montássemos nos carros atuais, provavelmente o resultado seria o cenário apresentado por aqueles que estavam preocupados”, pontuou o dirigente.
“Mas, nos últimos meses, coletamos uma série de desenvolvimentos muito positivos, de modo que os comentários expressam posições antigas. Também precisamos levar em conta que o motor e o chassi terão de evoluir juntos, e não será possível pensar em um sem o outro”, finalizou.
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