Em Sakhir o clima de Fórmula 1 já tomou conta. Nos boxes, a preparação dos carros é uma constante. Nas garagens, não visíveis do pitlane devido ao uso de telas, também estão sendo preparados os segundos carros, o que não foram utilizados nos testes da semana passada. Com o início da temporada no sábado, todos a programação foi antecipada.

A Ferrari fechou os testes com o SF-24 bastante consistente: o carro é considerado o principal ‘concorrente’ da Red Bull, à frente da McLaren e da Mercedes e mais da Aston Martin. A equipe está atenta ao material fornecido pela equipe técnica e a sensação é de que o novo carro superou os problemas que assolavam o SF-23.

Ferrari SF-24: si lavora nella preparazione della vettura in vista del primo GP 2024

Photo by: Giorgio Piola

Os engenheiros avaliaram que Max Verstappen, pelo menos no papel, parece inalcançável para Charles Leclerce Carlos Sainz em ritmo de corrida, enquanto Sergio Pérez, menos confortável com o carro, mas poderia ser vulnerável.

Ninguém diz isso claramente, mas a Ferrari pode aspirar a uma posição na primeira fila. Em Maranello eles sentem essa responsabilidade e nos dias que separam os treinos de pré-temporada do primeiro GP trabalharam muito para analisar todos os dados coletados nos três dias de testes para avaliar em todos os sistemas de simulação quais mudanças a fazer no GP do Bahrein.

O SF-24 apresentou um comportamento neutro que torna relativamente fácil a condução dos pilotos, pelo que agora será possível levar alguns conceitos de afinação ao extremo, sem que os pneus saiam de sua janela ideal.

Nas long runs, o carro vermelho foi muito competitivo com os compostos mais duros, C1 e C2, enquanto com os mais macios, C3, desgastou mais do que o esperado. O trabalho no simulador, portanto, teve como objetivo deliberar ajustes para melhor aproveitamento do pneu vermelho.

Charles Leclerc sulla Ferrari SF-24 in pitlane

Photo by: Sam Bloxham / Motorsport Images

Se já foi encontrado um bom equilíbrio na dianteira, o mesmo não se pode dizer da traseira. Não é que exista uma falha de design na nova suspensão, que se manteve fiel ao esquema pull-rod (é a única equipe, juntamente com sua ‘prima’ Haas), mas que os engenheiros tiveram uma ampla gama de ajustes e os três dias de testes não foram suficientes para encontrar a solução mais adequada em Sakhir.

Nos dias de hoje, portanto, têm procurado as configurações adequadas de amortecedores e barras, aliadas à distância ao solo e à incidência da asa, para encontrar a melhor base de trabalho para iniciar o fim de semana de corrida com o pacote mais competitivo possível.

Podcast: fatores externos podem ofuscar pré-temporada da F1′ 24?

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