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A ida de Lewis Hamilton para a Ferrari na temporada 2025 da Fórmula 1 veio como um terremoto para o paddock, e deve mexer ainda mais com um mercado de pilotos que já prometia muitas emoções. Essa é certamente a visão de Esteban Ocon, que é um dos muitos que miram a cobiçada vaga que se abriu a Mercedes.
A grande pergunta agora é quando que veremos as movimentações das outras equipes, e como que as peças vão se encaixar a partir daqui. Até aqui, temos sete vagas preenchidas para além de 2024, com McLaren e Ferrari garantindo suas duplas para 2026 também, no início da nova era de motores.
Os únicos outros pilotos garantidos são Max Verstappen na Red Bull até 2028 e George Russell na Mercedes até 2025. Por motivos óbvios, Lance Stroll também está incluso nessa lista devido ao seu contrato “diferenciado” com a Aston Martin.
Isso deixa 13 vagas em aberto para 2025 e o potencial de muito drama pela frente. Mas quando veremos a rodas se mexerem:
Há duas formas de se olhar para o mercado. Uma opção é que as coisas vão começar a se mexer rapidamente, com as equipes e pilotos se movimentando nas próximas semanas para garantir os acordos que desejam, para não ficarem para trás.
Outra possibilidade é que há tantas vagas e pilotos de ponta disponíveis que ambos os lados podem esperar para ver o que acontecerá. Essa última visão talvez seja a mais realista, já que as equipes com vagas mais desejadas podem optar pela calma.
Será que a Mercedes pode promover um novato?
Enquanto a vaga da Mercedes deve atrair todo mundo ainda sem contrato, a equipe mira seu próprio pupilo: Andrea Kimi Antonelli. Uma grande temporada de estreia na F2 certamente deixaria o time alemão tentado a fazer a escolha ousada, colocando o italiano diretamente na F1. Porém, essa decisão não pode ser tomada tão cedo assim.
O plano B seria colocá-lo na Williams, uma estratégia feita pela Mercedes recentemente com George Russell. Porém, o time britânico tem seus próprios objetivos, e uma vaga pode não estar disponível para ele, mesmo com Toto Wolff forçando a barra.
Não faltam candidatos para a segunda vaga da Red Bull, com Alex Albon (teoricamente a partir de 2026), Daniel Ricciardo e Liam Lawson sendo os três mais óbvios. Porém, a equipe deu a Sergio Pérez uma chance de seguir onde está e, por isso, não deve ser uma decisão tomada rapidamente.
De qualquer forma, Ricciardo e Lawson estão garantidos dentro da família Red Bull. A única incerteza é o futuro de Christian Horner, o que pode mexer e muito com a dinâmica interna, além de significar que a equipe tem outras prioridades para o momento.
Já a Aston Martin deixou claro que quer manter Fernando Alonso para 2025, e o espanhol indicou que, caso queira seguir nas pistas, a Aston é sua prioridade. Até que isso seja resolvido, sua vaga segue fora de cogitação para os outros.
Ocon ou Gasly fora da Alpine?
Com três dos pilotos mais desejados no limbo por motivos diferentes, pode parecer que as outras equipes estão com as mãos atadas. Essa lista inclui vagas em times de fábrica: Alpine e Audi (a partir de 2026), com um apelo óbvio.
Essas equipes podem ser as primeiras a se moverem, deixando uma “marca” no paddock, como a feita pela McLaren ao renovar com Oscar Piastri e Lando Norris. A Alpine deixou claro que está conversando com seus dois piloos, e Ocon não descarta se comprometer cedo.
“Quanto mais cedo melhor”, disse. “Porque neste ano, mais do que nunca, há 15 pilotos, então certamente será caótico. Será uma grande silly season, então veremos. Me sinto bem aqui. São vários anos consecutivos que estou aqui. Faço parte da família há muito tempo. Mas a F1 é a F1, nunca se sabe o que vai acontecer”.
Uma extensão com a Alpine seria uma manobra óbvia para o piloto e a equipe, mas Ocon tem outra opção que pode deixá-lo tentado em esperar mais um pouco.
“É claro que tenho minhas ligações com a Mercedes. Sou gerenciado por eles há muito tempo, desde 2015. Sou da Academia, mesmo não sendo mais oficialmente. Veremos o que o futuro aguarda. Como disse, no momento, estou completamente dedicado à Alpine, o que tenho com a equipe, os planos adiante também”.
“E esse é o foco que preciso ter agora, porque as coisas estão muito disruptivas. E é por isso que tenho uma equipe de empresários muito competitiva que poderá fazer as escolhas certas sobre onde estar. Não me preocupo com isso, e meu foco está na pista”.
Pierre Gasly também admite que a situação de Hamilton deixa o mercado mais interessante.
“Foi inesperado para a maioria das pessoas. Obviamente isso muda levemente a dinâmica do mercado de pilotos e toda a silly season. Obviamente, eu comecei na Alpine ano passado, sei do projeto na qual estou trabalhando. Estou no fim do meu contrato neste ano e, obviamente, há conversas rolando. Sim, acho que a situação é bem clara mas, no momento, quero ver o que esse carro é capaz de fazer. No final, meu objetivo é lutar na frente”.
“E acredito que isso seja possível com a Alpine. Tenho 28 anos, tenho boa experiência, estou no meu auge e é isso que busco. Quero lutar por equipes, pódios, estar ali”.
Questionado se ele espera um mercado louco, Gasly disse: “Acho que já está! Obviamente, como piloto, tenho minha equipe para fazer esse tipo de trabalho. Estou focado no que preciso fazer como piloto porque, no final, é isso que quero fazer, performar, dar o meu melhor, fazer o melhor pela equipe”.
“Temos 1500 pessoas trabalhando dia e noite para deixar o carro na melhor situação possível, e meu trabalho é levá-lo o mais adiante possível no grid”.
Gasly e Ocon são vencedores de GP e, obviamente, devem ter seu apelo fora da equipe atual.
Sainz quer dar a volta por cima
Outro piloto que deve estar na lista de todas as equipes com vagas em aberto é Sainz, que não perdeu seu valor apesar de ter perdido o espaço na Ferrari para Hamilton. Ligado à Sauber / Audi mesmo antes de se colocar no mercado, ele não está com pressa de tomar uma decisão.
“Acho que, por mais que eu tenha dito que queria resolver meu futuro antes da primeira corrida, acho que vocês podem imaginar que o cenário mudou agora”, disse. “Acho que agora será um processo mais longo. Vou ter pela frente os três, quatro anos mais importantes da minha carreira, e quero garantir que estarei no lugar certo no momento certo”.
“Quero ter certeza que vou escolher o destino certo para mim. Então vou tirar meu tempo para pensar, ouvir as opções, olhar todas as opções, para tomar a decisão quando me sentir confortável, me dar o tempo suficiente e ter as informações suficientes”.
“Tendo dito isso, acho que é totalmente possível separar uma coisa da outra. Tenho uma boa equipe de gerenciamento que vai cuidar disso. Meu foco estará no Bahrein este ano. E vou começar a temporada da forma mais forte possível, colocando meus esforços em ser rápido logo de cara. E sim, a outra coisa vai se resolvendo com o tempo”,
Pérez tem que lutar para manter a vaga
Pérez é outro piloto que, apesar de seu sofrimento para acompanhar Verstappen, será um nome de interesse no mercado. Porém, a prioridade para a vaga é, no momento, dele.
“Tenho certeza que a maioria dos pilotos vão fazer de tudo para resolver as coisas no começo do ano”, disse o mexicano. “Mas é apenas a abordagem. Do meu lado, estou focado em ter um bom ano, e o resto cuidará de si próprio”.
“E desde que você está entregando na pista, o resto vai se encaixando. Então não estou incomodado por isso. Essa será minha 14ª temporada na F1. Para mim, o objetivo é ir bem na pista. Quando você está há tanto tempo nos negócios, você sabe como as coisas acontecem. E sim, não estou incomodado por isso, quero garantir que vou curtir em primeiro lugar”.
Na quarta-feira, a pré-temporada começa no Bahrein, e começaremos a entender como que fica a situação das equipes para 2024. Porém, mesmo antes dos carros atuais irem à pista, essa semana pode ser focada a longo prazo, pelo menos nas conversas entre imprensa, pilotos e chefes.
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