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Cerca de 4% do público do centro esportivo possui mais de 60 anos
O Kartódromo San Marino, localizado em Paulínia (SP),
comemora em 1º de outubro o Dia Nacional do Idoso. Cerca de 4% dos clientes,
frequentadores assíduos, possuem mais de 60 anos, servindo de exemplo a muitos
jovens pilotos. Antonio Canova Filho, 66 anos, Diamantino Netto, 71, e Roberto
Juiti Shibata, 66, representam esse grupo, demonstrando que a idade não é
empecilho para conquistar novos objetivos e fazer algo que nos dá prazer.
Advogado e empresário, Canova conta que, ainda jovem, fez um
curso de mecânica de automóvel e que chegou a trabalhar por muitos anos na
área. No entanto, por conta de um acidente, teve de mudar de setor, quando
começou a trabalhar com vendas. Tempos depois, montou uma imobiliária,
estabelecida há quase 40 anos no mercado. Hoje, também dá aulas de pilotagem
para interessados no esporte e que utilizam karts de aluguel, conhecidos como
rental.
“Comecei no kart em 2017, quando me apaixonei pelo
esporte. E atualmente, junto com um amigo, montamos a Kanova Kart Escola, que
tem me trazido uma alegria muito grande, pois nunca imaginava que seria
professor e daria aulas em uma das coisas que mais gosto de fazer na vida, que
é pilotar. Desde menino, sempre gostei de carro, de moto, e a minha vida mudou
muito, a partir do momento em que comecei no kart, praticamente com 60 anos de idade.
Eu gostava muito de moto, mas fui proibido de andar, e aí conheci o kart.
Quando sentei num kart de aluguel pela primeira vez, eu pensei: poxa, isso foi
feito pra mim! E foi no San Marino, no estacionamento da loja Leroy Merlin”,
ressalta o piloto.
Canova conta que passou a praticar o esporte com assiduidade
desde que o complexo esportivo foi implementado em Paulínia. Com seu kart
próprio, um Fórmula 4, ele participa do campeonato Talent Kart Cup (TKC), num
grid de mais de 30 pilotos, o que considera desafiador. “Ando junto com essa moçada, sou o mais
velho do time, então é muito bacana, eu curto muito! E tem os campeonatos de
kart de aluguel, que também gosto muito. Como dou aulas nesse tipo de kart,
preciso estar nesse meio para passar a configuração aos alunos. É um kart
diferente dos próprios, o chassi é mais robusto e protegido por borracha, em
toda a volta, pois deve suportar a pilotagem de pessoas que não tem
familiaridade com o esporte”, explica. E, para treinar, ele utiliza seu
kart Shifter, de 55 cavalos de potência e seis marchas.
Sobre o kartismo, o empresário diz que é uma alegria muito
grande poder praticar o esporte, na idade em que está. “O kartismo muda a
vida da gente, pois é preciso estar bem preparado fisicamente, se alimentar bem,
evitar o álcool, pois o esporte não combina com bebida, nem com cigarro, nem
com qualquer tipo vício, porque requer esforço e dedicação do piloto. E isso
nos ajuda a estar bem e nos preparar cada vez mais para explorar o melhor que o
esporte nos oferece. O que tenho a dizer, para quem é da mesma faixa etária, é que
acredite em si mesmo. Se você tem o sonho de pilotar kart, venha andar com a
gente! A idade não importa, mas sim fazer algo com amor e se dedicar. Nós
estamos aqui para provar que é possível, inclusive andar com os mais jovens”,
salienta.
Mente e corpo saudáveis, para a vida e o kartismo – Outra
história interessante de pessoa da mesma faixa etária com o kartismo é a do
também empresário Diamantino Netto, membro do Conselho Administrativo da
empresa que fundou há 26 anos, atualmente comandada pelo filho. Ele conta que
sua história com o kart também começou no San Marino, na estrutura que ficava
no estacionamento da loja Leroy Merlin. “Comecei no kart em 2009,
aproximadamente. Com kart alugado, participava de corridas com o grupo Clube
Kart Campinas (CKC) e, desde 2011, tenho o meu próprio kart. No mesmo ano,
também comecei a participar do campeonato Fanatici Kart, inicialmente com base
em Piracicaba, mas que também utilizava outras pistas da região, como em Itu e
Limeira. Na sequência, o Fanatici Kart adotou a pista de Paulínia como sede,
para os campeonatos. Em 2022, aos 70 anos, me aposentei das corridas, porém
continuo treinando durante a semana, com a equipe Biro Racing, na qual mantenho
meu kart número 52, o meu ano de nascimento”, destaca Netto.
Ele diz que sempre gostou de velocidade e automobilismo e,
por isso, participava de Track Days (eventos organizados por autódromos, em que
os motoristas pilotam os seus carros), com carros alugados, tanto fora do País
quanto no Brasil, quando o esporte passou a ser mais popular aqui. Netto fez
curso de pilotagem e chegou a correr em Interlagos, na categoria Marcas e
Pilotos. “Como o automobilismo é um esporte muito caro, encontrei no kart a
solução custo-benefício-prazer que buscava. O San Marino ficava a menos de 10
minutos da minha casa e isso facilitou o início de tudo”, revela.
Para explicar como era sua rotina antes do kartismo e como
ela se modificou depois de iniciar no esporte, ele lembra da época em que
praticava o kartismo de aluguel ou rental. “O fato mais marcante na minha
vida foi no rental, quando, muitas vezes, eu não conseguia terminar a corrida
por cansaço, chegava destruído em casa. Então, comecei a dar mais importância
ao preparo físico, melhorando meu condicionamento e, consequentemente,
adquirindo uma melhor qualidade de vida”, pontua.
Sobre o envelhecer e o Dia do Idoso, Diamantino Netto é
taxativo. “Ser idoso é um estado de espírito, não depende da idade.
Condicionamento físico é um estado do corpo humano e temos de trabalhar o
físico, para atrasar o envelhecimento natural do corpo, procurando manter a
mente ocupada. Assim, poderemos ter uma
qualidade de vida melhor e desfrutar mais da aposentadoria. É uma covardia chamar
um ser humano de 60 anos de idoso! Quando fundei a minha empresa tinha 45 anos,
aos 60 estava em pleno vigor, trabalhando e viajando para o exterior!”, finaliza
o piloto.
Mais kart, por favor – Roberto Juiti Shibata conta que
pratica o kartismo há cerca de 10 anos, por meio de kart alugado e que
participa do grupo Talent Kart Indoor (TKI) há mais ou menos três anos. Ele
reforça o quanto o kart influencia positivamente em sua vida, sobretudo no
contato social. “Comecei a andar de kart no San Marino por uma brincadeira
entre amigos. Depois disso, me apaixonei pelo esporte. Antigamente, minha
rotina era futebol society, hoje pratico kartismo e ando de moto. No kartismo
fiz várias amizades que gostam das mesmas coisas do que eu. É um esporte
viciante, tanto que a vontade de praticar é cada vez maior, mas meu acordo com
minha mulher é praticar três vezes ao mês”, confessa.
Shibata acredita que a sociedade tem uma percepção diferente
do idoso atualmente, por conta da mudança de comportamento do próprio público
dessa faixa etária. “Porque o idoso hoje não é o velho de antigamente, mas
alguém de espírito jovem, que quer viver e curtir a vida. E ser idoso é
aproveitar a vida que nos resta sem preocupação, curtindo e desfrutando todo o
trabalho que já tivemos, ao longo da vida, fazendo coisas de que gostamos”, avalia.
Inaugurado em 12 de outubro de 2011, o Kartódromo San Marino
conta com mais de 50 campeonatos de kart fixos e eventuais. A entrada para
visitar o complexo e assistir às corridas é de graça, com estacionamento
gratuito para 200 veículos.
Fonte: Práxis Mídia
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