Mercedes teve receita de R$3 bi e lucro de R$555 mi em 2022

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A companhia por trás da equipe Mercedes de Fórmula 1 revelou seu relatório financeiro referente a 2022, divulgando uma receita de 474 milhões de libras (aproximadamente R$3 bilhões) e um lucro de 89 milhões de libras (R$555 milhões), com ambos os números representando aumentos substanciais em comparação a 2021.

Em essência, esses números representam um aumento na receita vinda de patrocínios e do fundo de prêmios da F1, sendo uma prova sólida do quão bem-sucedidas as equipes de ponta podem ser em meio à saúde financeira atual do esporte.

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Essa mudança inclui também a contribuição da divisão de Ciências Aplicadas. Assim como outras grandes equipes, a Mercedes também alocou pessoas e recursos em uma área sem envolvimento direto com a F1 para se manter dentro do teto orçamentário.

Essa receita geral inclui também itens como a venda de caixas de câmbio e sistemas associados para Aston Martin e Williams.

A Mercedes-Benz Grand Prix Ltd. declarou um volume de negócios de 476,6 milhões de libras (R$2.975 bilhões) para 2022, representando um aumento de 91,3 milhões (R$570 milhões) em relação ao valor do ano anterior, de 383,3 milhões de libras (R$2.393 bilhões).

Essa receita foi divida aproximadamente em 51% de patrocínio e licenciamento, 30% do fundo de prêmios da F1 e 19% de outros meios, em especial a divisão de Ciências Aplicadas.

A receita do fundo de prêmios cresceu porque 2021 ainda foi uma temporada atingida pela Covid, com várias corridas fora da Europa sendo canceladas e com restrições de público, enquanto em 2022 tivemos um ano mais tradicional.

Com isso, havia um total maior para ser compartilhado entre as equipes em 2022 e, como a campeã de construtores de 2021, a Mercedes recebia a maior fatia. Esse fluxo deve cair para 2023, com a equipe caindo para terceiro no Mundial de 2022.

O custo de vendas que é, em essência, o quanto que a equipe gastou para as corridas, cresceu, mas em um valor menor do que o faturamento: de 297,4 milhões de libras (R$1.856 bilhão) para 350,8 milhões (R$2.190 bilhões).

Isso se reflete nos recursos extras colocados no projeto do W13 com o novo regulamento em 2022, além do fato do carro de 2021 ter sido basicamente o mesmo do ano anterior, junto do impacto da inflação.

Além disso, o calendário com mais corridas fora da Europa aumentaram os custos de operação em 2022.

Mercedes W13 logo detail

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Photo by: Steve Etherington / Motorsport Images

O lucro final foi de 89,7 milhões de libras (aproximadamente R$555 milhões), um aumento de 20,9 milhões em comparação aos 68,8 milhões (R$429 milhões) do ano anterior. Porém, houve uma questão fiscal específica que prejudicou o significativamente o valor anterior. A nível operacional, o lucro foi ainda maior, passando de 71,9 milhões de libras (R$448 milhões) para 113,6 milhões (R$709 milhões), o que talvez dê uma indicação mais verdadeira do desempenho da empresa.

Um dividendo de 75 milhões de libras (R$468 milhões) foi dividido igualmente entre os três acionistas, a Mercedes AG, a Ineos e a MIL, empresa do chefe da equipe, Toto Wolff.

A contagem de funcionários em 2022 foi de 1.114, um aumento de mais de 100 em comparação ao ano anterior. A equipe acrescentou apenas 24 pessoas em design, engenharia e manufatura, áreas diretamente sob o teto orçamentário, com o resto ficando na administração.

Esse aumento se reflete na necessidade das equipes precisarem operar estritamente sob o teto orçamentário, além de novos funcionários em marketing para trabalhar diretamente com os patrocinadores, devido ao aumento das zonas de hospitalidade nas corridas.

Intrigantemente, apesar do aumento no número de funcionários, os gastos nesta área caíram de 109 milhões (R$608 milhões) para 93,8 milhões (R$585 milhões), essencialmente refletindo no fato da equipe ter terminado o ano em terceiro no Mundial, sem a distribuição dos bônus de sucesso distribuído em 2021.

Na temporada 2022, a equipe também finalizou a aquisição da sede de Brackley, que a equipe ocupa desde a era da British American Racing em 1999, sinalizado por um aumento de 30 milhões de libras (R$187 milhões) em ativos tangíveis.

Wolff notou que a aquisição “dará um modelo de negócios mais seguro, robusto e autônomo para o futuro, permitindo investimentos significativos em infraestrutura de ponta e carbono zero no desenvolvimento do campus”.

Um detalhe interessante que surge das contas é que a Ineos entregou um total de 42 milhões de libras em patrocínio. Esse número precisou ser publicado porque a marca é investidora da equipe.

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