Poucos sabem o quão importante Gil foi na virada da McLaren

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Nos últimos meses antes de sua morte na última sexta-feira (29) aos 56 anos, Gil de Ferran havia retornado ao mundo da Fórmula 1, em uma segunda passagem pela McLaren, na função de consultor sênior em meio ao processo de reestruturação do time de Woking, que atribui ao brasileiro um papel importante na ‘virada de chave’ que viveu na segunda metade de 2023.

Após a saída de Andreas Seidl do cargo de chefe de equipe, a McLaren resolveu fazer uma promoção interna, colocando Andrea Stella como novo comandante. Assim que assumiu a posição, Stella e o CEO Zak Brown iniciaram um processo profundo de reestruturação do time britânico.

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De Ferran, que já havia atuado como diretor esportivo da McLaren entre 2018 e 2021, foi chamado de volta à equipe, desta vez como consultor sênior. Na época, Stella disse que Gil “acrescentaria potência de um ponto de vista de liderança”, podendo contar com o brasileiro como “coach, pensador estratégico” e alguém que poderia discutir “mais coisas de engenharia do que de pilotagem”.

Após um início de temporada complicado, com a equipe admitindo antes mesmo do GP do Bahrein que havia errado na concepção do MCL60, a McLaren focou no trabalho e, a partir das atualizações apresentadas próximo ao fim do primeiro semestre, se tornou uma das principais forças do grid, se colocando como a principal oposição à Red Bull em diversas ocasiões na segunda metade.

Lando Norris terminou o ano com sete pódios, incluindo cinco segundos lugares, enquanto o estreante Oscar Piastri fez mais dois top 3 e a vitória na corrida sprint do Catar.

Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com, o empresário Geraldo Rodrigues falou sobre o papel silencioso, mas muito importante, do brasileiro nesse processo.

“Além de ser um piloto extremamente rápido, ele sempre foi um piloto extremamente inteligente, muito leal, um cavalheiro dentro e fora das pistas. Todo mundo gostava do Gil, era uma unanimidade. Era também uma referência no trabalho que ele fazia hoje em dia na McLaren”.

“O Gil era muito low profile, aparecia pouco, mas seu trabalho com os pilotos era extremamente importante. E o suporte que ele deu para o Stella com a saída do Seidl… eu acho que poucas pessoas imaginam o quanto importante foi para essa virada da McLaren”.

Rubens Barrichello, que era amigo próximo de Gil de Ferran, também destacou o papel que o brasileiro teve neste momento positivo da McLaren em depoimento exclusivo ao Motorsport.com.

“Ele se preocupava com as pessoas. Ele falava que eu era completamente louco [por estar disputando o Mundial de Kart no Bahrein], que ele nunca havia visto ninguém gostar tanto de corrida [quanto eu]”.

“O envolvimento dele com a corrida hoje já não era mais sobre guiar, era usar toda a cabeça, toda a sabedoria, toda a paciência, toda a engenharia pra ajudar os outros. E ele vinha fazendo agora com a McLaren”.

Em homenagem prestada a de Ferran na manhã deste sábado (30), a direção da McLaren reforçou o papel que o brasileiro tinha na equipe, com o CEO Zak Brown destacando que Gil foi fundamental nesta volta por cima.

“A notícia da morte de Gil nos deixa devastados”, disse. “Gil não era somente um grande amigo, mas um piloto destemido cuja paixão e determinação nas pistas nos inspirou. Corri com Gil pelo mundo todo e o vi vencendo algumas das maiores corridas”.

“Seu tempo conosco na McLaren Racing foi fundamental em nosso desenvolvimento, particularmente neste último ano e a volta por cima na performance e nos resultados de nossa equipe de F1. Seu legado seguirá moldando o futuro de nosso time”.

Gil de Ferran

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

Gil de Ferran

O chefe Andrea Stella destacou sua “contribuição inestimável” para o sucesso da McLaren.

“A morte de Gil deixa um vácuo profundo na comunidade do automobilismo e aqui na McLaren. Estamos chocados e profundamente tristes com essa perda e seremos eternamente gratos pelas suas contribuições inestimáveis para o sucesso de nossa equipe”.

A dupla de pilotos da McLaren também destacou o papel de Gil e lamentou a morte do brasileiro.

“Um cara realmente incrível”, escreveu Norris em seu Instagram. “Muito obrigado por todas as memórias incríveis. Vou sentir falta das conversas pós-corrida que tínhamos juntos. Foi uma honra poder passar esse tempo com você nos últimos anos. Sentirei sua falta e você será parte de nossa equipe para sempre. Descanse em paz, Gil”.

“Foi um prazer conhecer Gil neste ano, sentiremos muito sua falta. Descanse em paz”, disse Piastri.

Outro piloto com passagem pela McLaren que lamentou a morte de Gil for Fernando Alonso, que trabalhou com o brasileiro em 2017, em sua primeira participação nas 500 Milhas de Indianápolis, e em 2018, quando de Ferran assumiu o cargo de diretor técnico no time de Woking.

“Estou sem palavras”, escreveu. “É um dia muito triste. Muito obrigado pelos momentos que compartilhamos, por me ensinar de coração aberto como correr em ovais e pelas inúmeras memórias que criamos juntos. Sentiremos sua falta Gil”, completou o espanhol com um emoji de coração.

Com Gil como consultor, McLaren viveu uma grande evolução em 2023; entenda

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